31/10/2011
Teaser / Trailer do Curta NOVE E MEIA
28/10/2011
NOVE E MEIA - 1ª DIÁRIA/TARDE e NOITE – “Uma busca por vingança"
A tarde de sábado se resumiu exatamente ao título proposto para esta narrativa: uma busca. No local que selou o destino do nosso protagonista, Rafael Tombini espreita. Com um olho no relógio e o outro na avenida, o Homem busca ansioso pelo objeto de sua vingança. Os minutos lhe parecem horas e estas tornam-se dias, enquanto a câmera dança no steady e a tudo captura. Atrás dela, uma galera observa atenta o monitor e a atuação "multifeições" do Rafa; variações pedidas por um diretor alucinado, com mil e duas idéias e opções de montagem do material ("posso montar uns cinco filmes com cinco protagonistas diferentes" foi uma das frases que escutei do Filipe Ferreira neste dia). Promissor, hein?
Enquanto o Rafael mancava de um lado para o outro, Filipe "Babys" König e Álvaro Zandoná aproveitavam um momento de folga para simular um "pardal" com o boom e fazer os carros da Loureiro da Silva diminuírem a velocidade para não levarem uma multa. É impressionante que, mesmo sem uniforme
Nesta locação, tivemos também o primeiro contato com o platô na Câmara Municipal de Porto Alegre, mais precisamente com o camarim do Teatro Glênio Peres (que a Denise e as arteiras adoraram), que nos foi cedido com toda a infraestrutura pela Casa, intermediado pelo coordenador do teatro, Rafael Baião (do qual falarei mais em texto futuro), que acompanhou de perto as filmagens. Neste camarim, aproveitamos para aprontar o Rafael tanto para a sequência da busca, quanto para a cena seguinte (na qual dividiria a tela com Hérlon Höltz, o primeiro ator de verdade a trabalhar em um curta-metragem da Arquivo Morto, o longínquo e lendário João Ninguém).
27/10/2011
Mais alguns instantâneos de "Nove e Meia"
26/10/2011
Finalizadas as Filmagens de "Nove e Meia"
Com importantes apoios de logística e alimentação (veja a relação completa em www.noveemeia.com) e uma equipe recorrente da Arquivo Morto, muitos fãs do Rubão e do cinema do sangue, suor e lágrimas (bastante destes elementos dentro e fora das telas!) foi selada mais uma jornada de conhecimento, experimentação e companheirismo.
No elenco, o protagonista RAFAEL TOMBINI estraçalha como o protagonista, cheio de mágoas, dores, dúvidas e ódio. Seu nêmesis, LEONARDO MACHADO, apronta todas no trânsito da cidade. A ex-mulher, DANI FOGLIATTO, inconsolável em sua inestimável perda e o temeroso fora-da-lei HERLON HOLTZ supre o protagonista de suas ferramentas. Destaque total para a revelação do filme, a atriz GIOVANNA FERREIRA. Também no elenco EDUARDO STEINMETZ, MARCELLO CRAWSHAM, ALEXANDER KLEINE, LUÍSA HERTER e EDUARDO LANG.
Em breve mais novidades!
18/10/2011
1ª e 2ª diárias de “Nove e Meia” – Versão do Produtor
Neste último dia 15, o curta-metragem Nove e Meia começou a sair do papel. Para alguns, é o início de um novo e interessante trabalho audiovisual; para outros, uma oportunidade de inebriar-se com o viciante “clima de set” que sempre se instaura em produções assim. Para este que vos escreve, é um misto dessas duas coisas com uma terceira: a realização de um sonho (há anos buscava adaptar o conto Nove Horas e Trinta Minutos – de Rubem Fonseca – e agora, graças ao esforço conjunto de um pessoal talentoso e esforçadíssimo, isso está sendo possível).
Bem, vamos ver como foram as coisas então neste primeiro fim de semana de filmagem.
1ª DIÁRIA – MANHÃ – “Uma busca por justiça”
8 da manhã de um sábado parcialmente ensolarado. Fórum Central de Porto Alegre. O esquema de transporte que montamos para levar a equipe e alguns atores do elenco funcionou tão bem que fiquei até surpreso com a pontualidade com que o pessoal ia chegando (meu parâmetro é sempre o trabalho anterior – no caso, Os Batedores – e quem acompanha a Arquivo Morto há um tempinho sabe que cumprir horários não foi um grande mérito naquela vez). Identificação na entrada, abertura da sala, paleteamento de equipamento (não, isso não é um esporte olímpico), a busca por um platô interessante (e disponível) e um coffee break regado a bolinhos (cedidos pela Tondo Alimentos) e sanduíches caseiros, enquanto o Filipe – Diretor – e seu fiel escudeiro Cristian planejavam os takes, Fernandinho – Diretor de Foto – e seu fiel escudeiro Jonas setavam as luzes e a Denise deixava o pessoal bonitão no make-up. Como ela não tinha um fiel escudeiro e eram seis atores e deixar o Edu Steinmetz bonito não é tarefa fácil, acabamos encontrando o primeiro e último gargalo da 1ª diária: o tempo necessário para maquiagem coletiva. Para a Denise, foi uma correria danada; para mim como produtor, foi um aprendizado para ajustar melhor os tempos na próxima vez.
Luzes, câmera e VALENDO! Em cena, Dani Fogliatto fulmina nosso (anti) herói Rafael Tombini com um olhar enlouquecido. Ele desvia, enquanto brinca com seu relógio de estimação. Em volta, Edu e Marcello Crawshaw – advogados de Dani e Rafa, respectivamente – trocam farpas em um texto totalmente improvisado (como o curta-metragem não possui diálogos, estes textos são utilizados para dar embasamento nas intenções visuais dos atores), enquanto Alex “Nicholas Marshall” Kleine tenta apaziguar a situação. Ao seu lado, Luísa Herter faz o registro da audiência enquanto embeleza a cena. Não demorou muito para que o circo pegasse fogo e os personagens começassem a se digladiar em cena, com acusações que fariam John Wilmot enrubescer (estava perambulando em uma zona de meretrício, Sra. Zanatta? Que coisa feia...). Em determinado momento, Henrique e eu saímos para comprar alguns itens faltantes de maquiagem (e um Engov, para ele) e, quando retornamos, dava para ouvir os gritos de fúria do casal lá do elevador.
Com um sistema de filmagem dinâmico e a competência dos atores (que nos isentaram de ter de repetir os takes over and over again), conseguimos – ainda pela manhã – ajustar um cronograma que, por si só, já era bastante puxado. O material bruto ficou intenso e a escolha de elenco mostrou-se acertada (se antes já achava a Dani interessante para o papel da mãe enraivecida, olhando agora tenho certeza de que não poderíamos ter encontrado atriz melhor para isso). A displicência do Rafa – inerente ao personagem – caiu como uma luva para subsidiar o ódio da mulher, e as interações dos outros atores em cena soaram muito orgânicas.
E, claro, tínhamos o relógio infantil, produzido pelas arteiras Fê e a Sheila, com contribuição do Rafa no visual final do objeto (sabe aquele sujeito que dá o sangue pelo trabalho? Pois é, digamos que o nosso ator leva isso bem a sério). Este pequeno relógio, que foi fruto de uma árdua pesquisa e procura das gurias e que foi uma epopéia para ser escolhido, acabou ficando muito, mas muito, mas muito perfeito em tela (confesso que fiquei reticente na 1ª vez que pus os olhos nele, no mostruário, mas mordi minha língua).
Para encerrar a manhã, tivemos uma breve cena nos corredores escuros do Fórum, com figurações do Herique e César (o gerente de operações da Lumiere) apostando nos cavalos, Babys e Sheila de fundo, e Luciana Espindola (responsável pelo Making Of) subindo uma rampa.
Ah, cheguei a citar que a Luciana também tem seus fiéis escudeiros? =P
A seguir: 1ª DIÁRIA – TARDE